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terça-feira, 20 de maio de 2014

Sarraceno


Tal qual um Beduíno, 
caminho, tendo a frente,
um inóspito deserto de inquietações,
que traduzem os percalços que, subalterno
enfrento, contrito, na procura
de um alento que permita-me encontrar
a chave que liberte-me
desta clausura Saariana e
desta Espartana carência de amar.
Que seja, pelo menos, um profano mantra
que destile a dormência  que captura e adestra,
coração e alma, a este quebranto viver,
a esta analgesia dolorosa e porosa,
que deixa impurezas em meu coração
que, convulso e resiliente,
prostra-se no Islamismo de uma oração,
na fé de encontrar nestas preces,
o milagre para livrar-me da solidão.



                J. R. Messias


6 comentários:

  1. Que belíssima convulsão poética! Que dom incrível este teu!
    Gosto tanto deste jogo de palavras a formar versos tão densos e ricos que é aí que insisto que poderia publicar uma obra de tamanha grandeza sem deixar nada a desejar.
    Muitos aplausos, poeta!

    Beijos.

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  2. Prefiro, sinceramente, mil vezes receber o reconhecimento de pessoas como você, Lu. Esse negócio de escrever livros é "pra cachorro grande"
    Sou um Chihuahua (risos).
    Andas sumida, mulher! Ta tudo bem, certo? E por falar em livro, vai sair o do Atitude? e o teu?
    Grato pelas palavras sempre elogiosas e de carinho que sempre dispensa a mim. Resolvi "islamizar" um pouco este poema. Admito que ficou diferente.
    Abraços, linda Lu.

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    Respostas
    1. Meu amigo, agradeço o carinho e fico lisonjeada pela tua simples preferencia, mas definitivamente, tu tens porte poético gigantesco. Sabe disso...
      Quanto ao Chihuahua, ja tive e amo cães de porte pequeno e de raça apurada! Dou tanto valor a braveza deles!?rs
      Quanto a mim, não tenho tanta pretensão de publicar um livro pela simplicidade que é a característica principal de meus versos. Mas o atitude que é um mixer de grandes poetas, não descarto a possibilidade...Quem sabe um dia!?

      Este poema tem mesmo um incrível islamismo que nos leva a uma delirante leitura. Porem teus poemas são diferentes sim. Todos tem a tua cara e eu os reconheceria mesmo sem a tua assinatura. Como os de Drummond, Pessoa, Quintana, Cecília Meireles, os de Bilac com seu Parnasianismo, entre muitos outros que deixam marcas em seus fragmentos.
      Sinceramente e sem demagogia, adoro o teu jeito perspicaz e sensível de versar. Amo a tua amizade que tanto agradeço e sou fã do poeta que mora em você.
      É isso e sem exagero algum. rs

      PS:Obrigada por sentir minha falta meu amigo!
      Ando um pouco sumida sim. Tenho estado sem tempo durante o dia, e a noite chego muito cansada e o sono não me deixa estar online, pois estou fazendo um curso de curto período para entender melhor o que ultimamente tenho feito. Pois a nossa paciente entrou num estágio que requer cuidados redobrados.
      Sabe, nunca tive dom para enfermagem mas a necessidade de cuidar de uma pessoa acamada já por dois anos e meio, mudou isso em mim. Então penso que não custa entender um pouco mais, posto que servirá também para que eu possa ajudar a muitos outros que precisam, não acha?
      Essa semana ja termina pois é só uma noção mesmo, mas como a gente aprende, viu! Pra quem não podia ver uma gota de sangue, estou me surpreendendo!rsrs

      Acho que respondi tudo, né?
      Desculpe me alongar. Acho que não fui feita pra resumos. rs

      Beijo, beijo...






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    2. Aceito com um recatado prazer (a timidez não permitiria de outra forma), teus elogios e observações, pertinentes aos meus escritos. são um alento, e um incentivo muito bem vindos, sempre. A brincadeira com o chihuahua, foi uma forma de tentar simpatizar-me com os cães pois prefiro os descolados felinos. Mas imagino o seu carinho com os cães já que aqui em casa minha esposa e filha, se eu desse margem, encheriam a casa de cachorros (valha-me deus, risos). Linda Lu! Quintana ? Drummond? Pessoa? mesmo com todo o carinho que tenho por ti, te digo, "menos, Lu, menos...." Muito me honra essas comparações e se um dia eu chegar a ser, pelo menos, a unha de um deles, tô feito?
      (risos).
      Sentir a falta de alguém, sensível, agradável, carinhosa e dinâmica como você, Lu, é obrigação de todos que te amam e admiram a poetisa e o ser humano que existe por traz de ti e enquanto eu puder usufruir do privilégio dessa relação poética e digital , saudades terei de tua ausência.
      Votos para que possa aproveitar o máximo desse novo conhecimento que adquires e que possa ser usado da forma mais útil para o melhor conforto tua tão especial paciente.
      Abraço e um beijo, Lu.

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  3. Primeiro, obrigada pelos votos, querido amigo.

    Apesar do teu doce carinho, menos nada (risos)!
    Sinceramente? Ha tanta gente boa no anonimato que se tentassem, atingiriam o auge dos grandes com total êxito! Tudo depende de empenho e de uma boa oportunidade. Mas acho bonita essa humildade tua que por sinal, acredito ter sido inicio de brilhantes carreiras...

    Desculpe esse ping-pong que nao precisa publicar se preferir. É que nao resisti.rs

    Outro beijo e o meu carinho sincero.

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  4. Lu, quando me ponho sob suspeição, no quesito de ser um poeta com todos os atributos que tu me impõe, é por que comecei a escrever essas coisas, agora, aos 53 anos (hoje 55). Falta-me tempo de "carteira assinada" nesta labuta tão amada de se obrar. Sei lá, menina. Sempre fico meio escabriado (com o pé atras- risos), mas no fundo, sinto um bem danado quando recebo elogios sinceros como os teus. Quem sabe o que o futuro nos destina...
    Quanto ao ping-pong, fique a vontade, venha quando quiser.
    Cuide-se e um (como diria minha filha), "abreijo"

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